sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Poeminhas Johnianos...


Sim,
Há um paradoxo na vida
Não sei bem qual é
Mas é uma explicação
Grotesca,
Perdida.
Me lembro de ter visto ela
Virar a esquina,
Ou não vi?
Tanto faz
Não faço questão de acompanhá-la.
Ela me diz verdades
Que não me faz desejá-la.



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- Sim minha senhora, o que queres?
- Um pouquinho do seu amor e um espaço no teu coração. Embrulhe para presente por gentileza.
- Desejas mais alguma coisa?
- Sim, você.
- Também devo embrulhar?
- Não, não, te quero do jeito que esta.


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Eu sou o que anda no escuro
Ouvindo o silencio
Dizendo sem nada falar
O que poucos fazem questão de ouvir.
Quem sou eu?
Sou a mente abstrata
De um abraço vazio
Sem expressões no viver
Que não tem nada a temer.
Sou a dor que te acalma
O silencio que cala
E o olhar que te faz tremer.


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Não digas que sempre à de me amar
Pois tudo que sentes hoje
Amanha há de passar.


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Perdi minha vontade.
Minha vontade de felicidade.
Acho que tropiquei na pedra da realidade
E a deixei cair na crueldade.


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Quem me dera um amor
Pra compartilhar a dor
De não amar a ninguém
Quem me dera
Poder sentir
A beleza de um sorrir
Que meio assim apaixonado
Se entrega em belos braços
E acredita no porvir
Sim
Quem me dera
Só um pouquinho de min
Poder sentir em ti
E te amar sem fim


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Nasceu, morreu.
Viveu, como morto.
Morreu, agora vive.


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Sinto, sim, muito sua falta,
Por agora doe de mais
Mas amanha o vento apaga.
É assim que é a vida
Passageira e temporal
Vem, rega algumas flores
Mas amanha já ta normal.
Não reclamar é o segredo,
Isso que é viver.
Aproveitar curtindo a vida
E se possível, não sofrer.


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Procura-se alguém,
Que me odeie e me trate mal
Que me ame em especial.
Que esteja disposta a me abandonar
Sem nunca me largar.
Alguém que se importe tanto comigo
Que eu não consiga notar.
Alguém que me trate com repugnância
Mas que não vive
Sem me amar.


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Poema a garota da escada.

Sentada na escada da varanda
Vigiava os passos dos pedestres.
“Que legal” pensava alegre,
“Quem caminha pouco anda.”


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Luto

Como pode a vida ser
Tão curta e risonha.
Passa, corre sem se ver
Quando finda agente estranha.


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Poema ao Nada.

Te admiro.
Pelo teu silencio
Pela tua escuridão
Te observo.
Espaço sem fim,
Tão grande assim,
Só pode ser fruto
De tudo em min.


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Ao bom poeta

Como um dia aprendeu a escrever?
Foi em um dia de sol?
Ou estavas a chover?
Como consegue tão grande ternura nas palavras?
Seleciona as melhores?
Ou faz somente colocá-las?
Sinceramente me conquistas
Me surpreendes sem fim.
Tomara que nunca morras
Mas se morrer,
Poesia viverá em min.


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2 comentários:

Gabriela Oliveira disse...

Quanto ao segundo poeminha... que tal sem embrulho nenhum?kkkkkkkkk

Gabriela Oliveira disse...

" Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer (...)
Alguém... Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado... Alguém que nos possa dizer: Acho que vc está errado, mas estou do seu lado...
Ou alguém que apenas diga Sou seu amor! E estou aqui!"
Shakespeare

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