quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Nostalgia parte2 – Verdade




“- Quem é ele?
- Domenico.
- Por que o tratam assim?
- Ele é um homem de muita fé.
- O que é Fé?
- Fé?... fé é verdade.
- O que ele tem?
- Nada, ele esta louco.
- Não, ele esta com verdade!”


Sanidade. Já ouvi falar que da Sanidade à Loucura basta um empurrão, não duvido que seja verdade. O que faz uma pessoa ser louca, é ter uma falsa verdade, uma falsa realidade. Acreditar na sua meia verdade vorazmente, rebatendo qualquer outro tipo de ‘verdade’ mostrada a ele. Um louco não é louco por que quer, e nem sabe que é louco, ele simplesmente, é louco.
Outro tipo de louco é o que tem sua meia verdade e a trata como absoluta. Esse ultimo não é muito diferente do primeiro. O que há de comum entre os dois?
Um dia desses estava conversando com uma cara que disse que todos estão com a verdade, logicamente perguntei se todos estão com a verdade, que só pode ser uma ao meu ver, porque todas as verdades não se encaixam? Minha resposta é que muitos estão com a parte da verdade que é falsa, pérfida. Quem esta com a falsa verdade? Te digo, você! Sim você que esta lendo esta baboseira. Você que defende sua suposta idéia de realidade e verdade. Todos nós somos apenas seguidores de verdades hereditárias, passadas de anos em anos, de um louco a outro louco ate chegar a você, a min, outros loucos. Loucos que vivem suas vidas com tanta certeza de que estão certos que não se importam em pensar se estão certos ou não e se questionados, defendem sua mentira como um louco defende sua verdade.
O oposto da sanidade é a loucura, logo, somos loucos para um louco. Quem estaria louco então? Se você acredita que esta são, há uma enorme parecença entre você e um doido.
O que é verdade então? Não sei. Afirmar uma verdade é afirmar-me louco.
Cabe a nós largarmos nosso medo da ilusão, arrebentarmos a porta da verdade, nos entregar a uma loucura pura que talvez nos de uma verdade por inteiro.
E como um outro louco chamado Carlos Drummond já dizia em seu poema sobre a Verdade; “Era dividida em metades/ Diferentes uma das outras/ Chegou-se a discutir qual era a metade mais bela/ Mais nenhuma era totalmente bela/ E carecia optar./ Cada um optou segundo seu capricho/ sua ilusão/ sua miopia.”

Um comentário:

Tallita Fernandes disse...

Pretencioso! Quando você diz que a minha verdade é uma falsa verdade, acaba sendo uma verdade proferida por você, logo, falsa! Tudo isso é muito confuso pra mim.

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