terça-feira, 4 de novembro de 2008

Dedicatoria...


Dedico minha poética aos vermes,
Os mesmos de Augustos e de Brás,
Grandes valorizadores da razão e verdade.
Dedico ao amor dos apaixonados, enamorados
Dos alucinados retardados que caem de peito
Na cicatriz aberta dos amantes.
Dedico a guerra, ao sangue azul
Das botina engravatadas e disfarçadas
De cadeiras frescas com o ar condicionado
Aos filósofos falsos e suas falácias
Dedico a Hemorróidas, a Solitária, as tênias e tudo mais
Ao velho e jovem da rodoviária, que ontem
Comeram seus bocados de vomito de milho e pastel.
Dedico minha poética aos porcos, insanos.
Dedico ao soldado cruel de guerra, ao pai pederasta,
Ao diabo enxofrado de óleo de mirra.
Dedico meu poema ao ódio, o mesmo latente
No peito meu, no Seu.
Ao corpo esquartejado, as borboletas coloridas,
Aos passarinhos e ao sol vermelho, vermelho de poluição,
De sangue.
Dedico a lua dos amantes, dos estrupadores.
Dedico minha poética lúdica e com cheiro de esterco,
O mesmo de Augusto e de Brás,
A você! Somente a você dedico todaA verdade.

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