Seminua. La estava ela deitada me olhando com uma de suas
pernas dobradas, e suas mãos passeando em seu corpo me chamavam. Seus olhos de nebulosa
me consumiam como dois buracos negros mortais. Seu corpo constelação. Ela toda universo
e eu astronauta. Minha boca já salivava um pouco ao olhar ela apenas com aquela
calcinha de rendas. Mergulhei na imensidão
do seu conjunto, meu corpo sobre o dela a forçou baixar a perna. Já podia
sentir seu perfume enquanto escorregava meu olfato dos seus seios ao pescoço. A
vida é bela com aquele cheiro e me perdia no aconchego da sua nuca. Ela entregava
cada parte de si enquanto eu avançava. Um cão faminto por sobre a sua presa,
descobrindo qual parte iria devorar primeiro, queria toda em uma só mordida. Cheirava
cada lado de seu rosto enquanto pressionava meu membro sobre seu quadril. Suas mãos
tentaram em vão cravar seu desejo em minhas costas e logo as tomei com força e
segurei sobre sua cabeça. Seus olhos me fixaram e meu peito se encheu de uma
euforia, uma mixórdia viciante de um drogado. Entregue aquele universo
particular, me perdi nas constelações de sua silhueta. Minha boca em seus seios
chupavam e cheiravam seu corpo aumentando cada vez mais mina vontade. Desci devagar
definindo cada canto de suas curvas, como um viciado em varias carreiras de cocaína,
a animação descontrolava minha mente e podia sentir a delicia de cada cosmos
dentro dela. Sua barriga era minha perdição total e meu carrasco final, um
perfume individual se guardava ali, uma vontade canibal emanava do seu centro. Seu
corpo dançava como o oceano em paz que balança suave com o marejar do vento. Minhas
mãos já me acompanhavam na peregrinação e desciam ate as rendas de sua ultima
veste. O ultimo controle acabava ali. Minha boca beijava por cima de sua
calcinha e ia descendo entre suas pernas, meus dedos se organizavam para abrir
caminho para minha língua que já podia sentir o úmido do seu prazer. Um beijo,
um gemido tímido e gostoso. A chupava num ritmo valsado deliciando seu desejo
como sorvete escorrendo pelos dedos. Empurrava aquela maldita roupa e a ira já tomava
conta de mim. Seu corpo oceano já fazia ondas. Desgraça de calcinha. Uma mão
puxava meu cabelo enquanto a outra tapava sua própria boca e a perturbação ia
crescendo. Sem paciência mais para aquela veste, meus dedos confabularam entre
si e enterraram toda sua ignorância nas rendas rasgando num susto aquela
maldita calcinha. Era uma caça a partir de agora, e a vitima era a plenitude do
prazer. Ela me puxou pelos cabelos, entendi o recado e coloquei suas pernas em
meus ombros. As nebulosas estavam em chamas. Senti o cheiro de seus lindos pés
e coloquei todo meu prazer dentro dela. Um encaixe perfeito. Eu a olhava,
admirando cada movimento seu. Ela Jogava sua cabeça para trás e segurava os lençóis
enquanto o movimento intensificava sua vontade. A dança ia aumentando conforme
seu corpo pedia, eu apertava suas coxas travadas em meus braços degustando
aquele momento sugando todo desejo como um vampiro no sangue. Seu corpo já descompassado
se contorcia num ritmo frenético apertando os travesseiros ao redor. Um universo
em expansão, um big bang de amor, uma super nova de excitação, seu gozo
explodiu num grito de prazer ecoando por toda a galáxia de nós dois.
Paz. Silencio. Serenidade. Seus olhos abriram devagar, já travessos
e inocentes me julgaram – essa calcinha era nova – e esboçou um sorriso
malicioso. Deitei ao seu lado namorando seu rosto, esbocei algumas palavras e
adormecemos. Manhã logo vem, abro os olhos sentindo os raios do sol e me
encontro sozinho, abraçado ao travesseiro e a casa vazia. A solidão me devora e
reflito – Seria tudo um sonho, ou apenas lembranças?
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