Quinhentos anos antes de cristo
nasceu Sidarta Gautama, o famoso Buda. Um jovem rico e inteligente que na faixa
de vinte e nove anos observou o mundo e viu que algo estava errado. Depois de
se deparar com a morte, a dor, a vida, o tempo e vários outros males, Buda
largou todo seu reino e família para se dedicar a uma única questão: O que é de
Verdade?
Uma pergunta simples para mentes
rasas mas extremamente inquietante pra seres pensantes. Afinal, o que é de Verdade?
O dicionário define Verdade como “o
que esta de acordo com os fatos”. No conceito grego da palavra verdade é “aquele
idêntico a si mesmo”. Parece obvio, mas além de Buda vários outros passaram
pelo mesmo dilema; Nietzsche, Descartes, Aristóteles, Tomas de Aquino, Carlos
Drummond e toda essa galera que um dia percebeu que tem algo errado no mundo.
Imagine que um belo dia você
acorda e ganha de presente um óculo da verdade. Ele não melhora sua miopia e
nem te ajuda a ler melhor, mas quando usado revela a essência das coisas. Ele faz
com que todos os seus sentidos façam o mesmo e a partir daí toda a experiência que
você tiver no dia, vai ser experimentada em sua essência, em sua origem.
Quantas verdades sucumbiriam a realidade? Quantas pessoas, projetos, planos e
ideias te seriam revelados? Qual sistema de governo se mostraria
verdadeiramente bom? Qual deus se sustentaria por traz das lentes de aumento? O
que estaria por trás dos olhares, falas, gestos, palavras e atitudes? Quem você
seria se pudesse ver a Verdade das coisas?
No cair da noite, quando se deitar
novamente e colocar os óculos onde os encontrou, só uma pergunta vai ecoar em
seus sonhos: Quem sou eu de Verdade?
Eu jamais seria capaz de te dar um
caminho, até porque eu ainda tenho apenas pequenos pedaços dessa grande
Verdade, mas se te visse na rua com os tais óculos, te diria uma coisa: Tenha equilíbrio,
a Verdade pode até te derrubar, mas o que mata é a ilusão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário