A boa poesia nunca se entrega.
A sutileza está nos detalhes do silêncio.
Nos instantes repentinos,
Naquilo que não é dito.
A sensação de que não foi,
Mas partiu.
Ao bom leitor resta a meditação.
O estudo profundo na pausa.
E também, a angustia do esperar
O som que, talvez, venha soar.
E ao poeta, desprovido de todos os sentidos,
Só resta confabular no breu,
Imagens daquilo que nunca lhe será dado
Mas que sempre lhe pertenceu.