“Sim!”. De onde eu estava parecia esses filmes românticos onde o
casal termina no altar com um beijo mágico.
Acompanhei as palmas com a igreja mas lá no fundo eu estava desolado
– nunca mais vou ter aquele boquete – que tristeza.
Não passou disso. Nada de flores e romance. Tivemos alguns dias
suando os lençóis e outros variados que sempre terminavam com
aquela boca maravilhosa. Só um bom e velho churrasco de carne
sexual. O casal se preparava para fazer a saída e seus lábios
cantavam um sorriso satisfeito – como ela fazia aquilo? -. Eu estava
muito feliz, os dois se mereciam a muitos anos e ela já havia me
contado desse romance que ia terminar em casamento. Eramos amigos.
Mas e o boquete? Como faz quando você vê aquela pessoa que te
marcou ir embora? Não ia ser legal eu levantar no meio do “alguém
tem algo a dizer?” e gritar; “EU!!! Por favor Paola Bratio, como
viverei sem tua chupada?!”. Sera que ela correria ao meu encontro e
me arrastaria para um lugar reservado? Tá, não é pra tanto –
talvez em outra oportunidade - a gente tem que aceitar as vezes.
La vinha ela pelo corredor. Acho legal amores eternos. Algumas
pessoas nos chupam de outra forma. Nos lambuzam a mente, o coração.
Nos fazem gozar um orgasmo de conversas e ideias. Companhia, afeto,
afago. Todo mundo já recebeu um boquete na alma. Aquele alivio
inesquecível que te faz acreditar no amor e em toda essa idiotice –
como é gostoso – uma pena que nunca mais vou ter. Ela passa por
mim e joga uma piscadinha maliciosa em meio aos confetes.
É, as vezes os boquetes partem – e parece que os amores também.
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